O termo Geluk ou Gelugpa vem do idioma tibetano e significa “sistema da virtude”. O grande erudito e professor Lama Tsongkhapa Lobsang Dragpa juntamente com seus alunos mais próximos – Gyaltsab Je e Khedrub Je, foram responsáveis por difundir a tradição como escola no Tibete. Sua história está associada ao Monastério de Ganden, que depois de estabelecida se tornou uma das escolas predominantes.
Lama Tsongkhapa teve em sua formação nas tradições Sakya e Kagyu e intensa inspiração dos textos do professor Atisha. A Escola Geluk surge gerando um terceiro período de transformação no Tibete, o que propõe diversas reformas nos sistemas que vigiam, particularmente na interpretação do Vinaya e do Vajrayana. Assim, a tradição Geluk é fundada no final do século XIV como um movimento reformador e que buscava restituir diversos aspectos da prática do Dharma no sentido de reavivar o que Atisha havia ensinado.
Algumas ideias eram norteadoras: a observação estrita do Vinaya, o código monástico; a centralidade dos estudos, com um papel marcante para o conhecimento escritural, bem como para os aspectos filosóficos e o debate, na vida religiosa; os ritos religiosos do Vajrayana deveriam ser reservados àqueles que passassem por esses estudos e treinamentos. Com este intuito, de rigor nos estudos e na disciplina, que Lama Tsongkhapa escreve o texto clássico Lamrim ChenMo – Grande Apresentação dos Estágios Graduais do Caminho do Completo Despertar, que se tornou um grande manual de práticas e meditação estudado até hoje.